27 de setembro de 2011

Incidente com avião de Paula Fernandes em Patos vai ser investigado pelo Cenipa

 

O incidente com o avião da cantora Paula Fernandes e sua equipe de produção que tiveram um susto na quinta-feira (22) à noite, quando encontraram uma vaca na pista do aeródromo Brigadeiro Firmino Ayres, ao posarem com o seu learjet, deverá ser investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). O fato foi comunicado pelo piloto da aeronave, que denunciou tudo ao órgão no mesmo dia.
Na sexta-feira pela manhã, horas depois do incidente, quando Paula e sua equipe se preparava para retornar de show de Caicó-RN, o piloto informou o fato aos policais que faziam a segurança do dia.
Antes de retornar, os polciais e membros da equipe de Paula fizeram uma verdadeira varredura no aeródromo a fim de garantir a segurança da decolagem do avião. Desta vez, nenhum animal foi encontrado.
A presença da vaca na cabeceira da pista impediu o pouso imediato do jatinho onde o grupo viajava. O objetivo da cantora e sua equipe era desembarcar em Patos e seguir o trajeto via terrestre até Caicó, no Rio Grande do Norte, onde a cantora se apresentou horas mais tarde. A vaca acabou um susto tremendo em todos.
O piloto alertou os policiais para o risco que o animal estava causando e relatou a tensão e o medo na hora do pouso temendo acontecer uma tragédia.
O piloto teria dito que um avião do porte LearJet não pode ser comparado a um avião comum, até mesmo pela velocidade que ele desenvolve. O piloto disse que por sorte o animal não correu para o meio da pista, o que teria sido trágico, já que a escuridão toma de conta do local.
Todo o incidente foi relatado pelo piloto ao Cenipa e ele teria pedido providências por parte do órgão que é uma Organização Militar do Comando da Aeronáutica - COMAER, diretamente subordinado ao Comandante da Aeronáutica, sendo responsável pelas atividades de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos ocorridos em território nacional.
O piloto nao informou, porém, que tipo de providências teria pedido ao Centro. Os serviços de manutenção do aeródromo são de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER) e é vigiado por dois policiais militares a cada plantão.
Os chefes do DER Patos e do comando do 3º Batalhão de Policia Militar não assumiram as responsabilidades.
O chefe residente do DER em Patos, Madiel Conserva, o problema foi solucionado na mesma hora, mas que o problema foi uma falha dos policiais da Polícia Militar responsáveis pela segurança do aeródromo.
Segundo ele, devido ao risco de acidente, o jatinho precisou dar voltas na região enquanto o animal era retirado da pista. "Quando as lâmpadas de balizamento foram ligadas para o avião pousar, o piloto percebeu que a vaca estava perto da pista, mas deu tempo de ele dar uma volta. O pouso foi tranquilo. Depois os policiais fizeram uma vistoria", afirmou.
Segundo Madiel, este teria sido o primeiro inconveniente ocorrido no aeródromo. Ele acredita que o animal tenha entrado durante um descuido de algum dos policiais de plantão. "Depois das 18h a cancela do aeroporto tem um movimento muito grande de carros que vão buscar malotes. Devem ter deixado a porteira aberta por cinco minutos ou dez minutos e o animal entrou", comentou.
O funcionário do DER tratou o episódio como um 'caso isolado' e disse que tirou uma lição positiva para providenciar, junto ao 3º Batalhão da Polícia Militar de Patos, algum dispositivo que mantenha a cancela sempre fechada.
Já o comandante do 3º BPM, coronel José Almeida Rosas, disse que a responsabilidade não é da PM. "Nossos policiais não são obrigados a sair correndo atrás de vaca. Fazemos a segurança do local. Isso deve ficar a cargo do órgão competente", ressaltou.
Ele tratou com o caso como ocasional, mas eximiu os policiais de qualquer culpa. "Quando um avião vai posar, destinamos uma viatura para fazer a segurança necessária e averiguar a segurança para o pouso, mas não corremos atrás de animais", disse.
O coronel disse que o efetivo colocado no aeródromo é de dois homens e não tem condições de fazer este trabalho. Ele criticou a falta de estrutura, a exemplo do mato alto. Ele disse que vai conversar com DER para ver como melhorar os cuidados necessários para o pouso das aeronaves para que fatos semelhantes não aconteçam.

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